Diálise

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A Hemodiálise - sala de hemodiálise com seus respectivos aparelhos

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Ácidos revisado 23/09/2016

                                                          Ácidos

                                   Química Inorgânica

A Definição Geral de Ácidos


Os ácidos apresentam o pH baixo, de uma forma geral aparecem em toda parte na natureza. Estão presentes nos solos ácidos, são encontrados acidificando as águas da chuva, de lagos, rios, são participantes na composição da atmosfera na forma de compostos ácidos gasosos, estão contidos nas frutas ácidas, nos seres biológicos na forma de ácidos gástricos, ou formando os ácidos nucleicos e outros ácidos orgânicos, aparecem na preparação dos nossos  alimentos no dia a dia, são sintetizados e amplamente utilizados pelo ser humano. Geralmente aparecem como substâncias de sabor azedo.

A maçã possui o ácido málico cuja fórmula química é C4H6O5
 Exemplos de Algumas Frutas Que Possuem Substâncias Ácidas

A maçã possui o ácido málico.

A laranja é uma fruta que possui uma concentração razoável de ácido ascórbico.
A uva e o (vinho) possui o ácido tartárico de fórmula (C4H6O6).

O morango é uma fruta que tem a característica própria do aroma o ácido butanoato de etila.

A Definição de Ácidos Segundo Arrhenius

Os ácidos de Arrhenius são os ácidos inorgânicos e podem ser definidos como substâncias que possuem o radical funcional que reage em água e se ionizam produzindo o cátion H+ ou o hidrônio H3O+.

Exemplos Dos Ácidos de Arrhenius Mais Comuns

Ácido bromídrico            HBr
Ácido clorídrico              HCl
Ácido fluorídrico             HF
Ácido Iodídrico               HI
Ácido cianídrico              HCN
Ácido nítrico                    HNO3
Ácido nitroso                   HNO2
Ácido perclórico              HClO4
Ácido clórico                   HClO3
Ácido cloroso                  HClO2
Ácido hipocloroso           HClO 
Ácido periódico               HIO4
Ácido brômico                 HBrO3
Ácido carbônico              H2CO3
Ácido sulfídrico               H2S
Ácido sulfúrico                H2SO4
Ácido crômico                 H2CrO4
Ácido selênico                 H2SeO4
Ácido hexafluorsilícico    H2SiF6
Ácido fosfórico                H3PO4
Ácido fosforoso               H3PO3
Ácido hipofosforoso        H3PO2
Ácido bórico                    H3BO3
Ácido arsênico                 H3AsO4
Ácido pirofosfórico         H4P2O7
Ácido silícico                   H4Si2O4
Ácido piroantimônico      H4Sb2O7

Ácidos e a Condução de Corrente Elétrica


A figura apresentada acima representa dois circuitos elétricos separados, um com solução ácida (solução eletrolítica) e outro com solução de sacarose de cana de açúcar (solução não eletrolítica).
Há uma fonte de energia que promove uma  corrente elétrica que pode ser feita de pilhas ou uma tomada da rede elétrica.





No experimento, acima a corrente elétrica que sai da fonte e chega até o recipiente com a solução não eletrolítica, não se propaga através dela porque a lâmpada não acende.
No experimento à direita, a corrente elétrica que sai da fonte e chega até o recipiente com a solução eletrolítica, se propaga através dela porque a lâmpada acende.

Reações Dos Ácido s de Arrhenius Com Água


Segundo Arrehenius, os ácidos em água podem reagir e formar cátion hidrogênio H+ e o ânion correspondente ao ácido.

Observe as reações.

Os ácidos em água também podem reagir e formar cátion hidrônio H3O+ e o ânion correspondente ao ácido.

Esquema de Dissociação Dos Ácidos em Água


Segundo Arrhenius, os ácidos em água se dissociam gerando o cátion H+. No entanto, os ácidos  também ao dissociar em água geram o cátion H3Oe ânion (s) Bronsted.

Vejamos exemplo abaixo.

A dissociação do ácido sulfúrico em água.
     Água                 Ácido sulfúrico                      Água                    Ácido


                                     Formou 2 H3O                1 ânion sulfato
            
Etapas de Dissociação de um Ácido em Água

Primeira etapa

Nessa etapa, o ácido fosfórico (H3PO4) reage com a primeira molécula de água. Após a reação o ácido perde a força inicial transformando em ácido fosforoso (H2PO4) e a molécula de água água ganha um hidrogênio e se transforma em um cátion (H3O+).


Segunda etapa

Nessa posterior etapa o ácido fosforoso (H2PO4) é atacado pela molécula de água e arranca mais um hidrogênio dissociável de sua estrutura, transformando-o no ácido hipofosforoso (HPO4). Ocorre a formação de mais um cátion (H3O+).

Terceira etapa

Na terceira etapa outra molécula de água reage com o ácido hipofosforoso e o transforma no ânion fosfato (PO- ) e mais uma vez a molécula de água se transforma noutro hidrônio ou cátion (H3O+).




Com base nos princípios de Arrhenius, podemos então formular proporcionalmente as moléculas dos ácidos com seus radicais reagindo com as moléculas de água.

Observe as seguintes reações do ácido clorídrico abaixo.

a)  5 HCl     +
5 H2O
----reação-----►
 5 H3O+       +
  5 Cl-
b) 10 HCl    +
10 H2O
----reação---►
10 H3O+      +
10 Cl-
c) 15 HCl    +
15 H2O
----reação---►
15 H3O+      +
15 Cl-
d) 25 HCl    +
20 H2O
----reação---►
20 H3O+      +
20 Cl-
+      5 HCl
e) 45 HCl    +
25 H2O
----reação---►
25 H3O+      +
25 Cl-
+    20 HCl
f) 30 HCl     +
65 H2O
----reação---►
30 H3O+      +
30 Cl-
+   35 H2O
g) 18 HCl    +
60 H2O
----reação---►
18 H3O+      +
18 Cl-
+    42 H2O
h)   1 HCl    +
12 H2O
----reação---►
  1 H3O+       +
  1 Cl-
+    11 H2O
i) 40 HCl     +
12 H2O
----reação---►
12 H3O+       +
12 Cl-
+   28 HCl
j) zero HCl  +
50 H2O
----reação---►
zero H3O+    +
zero Cl-
+   50 H2O


Para o aluno completar. Siga o exemplo dado acima, para resolver cada alternativa.                      
a)   5 H2SO4    +
  5 H2O
---reação---►
 2,5 H3O+   +
2,5 SO4--
+  2,5H2SO4
b) 10 H3PO4    +
10 H2O
---reação---►
 ..............  +
.............
+  .............
c) 5 H4P2O7     +
15 H2O
----reação---►
 ..............  +
..............
+  .............
d) 25 HClO    +
20 H2O
----reação---►
 ............... +
..............
+  .............
e) 25 H2SO4    +
25 H2O
----reação---►
 ............... +
..............
+  .............
f) 30 H3BO3      +
65 H2O
----reação---►
 ..............  +
..............
+  .............
g) 10 H4Si2O4   +
50 H2O
----reação---►
 ..............  +
..............
+  .............
h) 40 H2CO3     + 
60 H2O
----reação---►
 ..............  +
..............
+  .............
i) 28 HNO3        +
40 H2O
----reação---►
 ............... +
.............
+  .............
j) 20 H3PO3       +
20 H2O
----reação---►
 ............... +
.............
+  .............      
                        
Reações de Formação dos Ácidos

Obtenção do Ácido Sulfúric

Produção Industrial

O ácido sulfúrico pode ser obtido a partir do enxofre (S) ou a partir do FeS2 (dissulfeto de ferro ou pirita).

A formação do ácido sulfúrico a partir do enxofre (S) Observe a reação.






A formação do ácido sulfúrico a partir do dissulfeto de ferro ou pirita.

Observe a reação.












Obtenção do Ácido Sulfúrico Pela Combustão do Enxofre
      
É mesma reação apresentada acima, mas com alguns detalhes a mais.
     

A Produção Industrial do Ácido Clorídrico

O ácido clorídrico foi descoberto pelo alquimista Islâmico Jabir Ibn Hayyan por volta do século IX a.C. Por volta do século XIX, Sir Humphry Davy, conseguiu produzir o cloreto de hidrogênio a partir do gás hidrogênio e gás cloro. Atualmente  é produzido industrialmente a partir do gás hidrogênio (H2) com o gás cloro (Cl2). 
                
Observe a reação a seguir.
                





Outra reação de produção do HCl.

O ácido clorídrico é produzido industrialmente a partir cloreto de sódio (H2) com o ácido sulfúrico que irá produzir sulfato de sódio e ácido clorídrico.






Produção de Ácido Nítrico 
     
Processo de Ostwald
      
4 NH3   +    5 O2         ----PT--- 600ºC--->     4 NO  +  6 H2O

Ou no processo abaixo em que na formação do ácido nítrico, a amônia reage com o gás oxigênio, com o auxilio de um catalisador e produz o óxido nítrico, que reage com água formando dióxido de nitrogênio que reage novamente com água e forma o ácido nítrico.  

A reação é apresentada a seguir.















A Produção do Ácido Fosfórico

O ácido fosfórico é produzido por industrias a partir do mineral fluoreto de cálcio (CaF2), e a apatita (Ca5(PO4)3 (F, OH, Cl) que reage com ácido sulfúrico H2SO4 produzindo sulfato de cálcio, ácido fluorídrico, e ácido fosfórico cuja reação pode ser apresentada abaixo.



A Produção de Ácido Fosfórico Pela Fosfina

A Fosfina (PH3) é produto da degradação de matéria orgânica animal (cadáveres em decomposição), é um gás que pode se inflamar naturalmente em contato com o gás oxigênio, levando a combustão que forma o ácido fosfórico. Observe a reação:

1 PH3(g)       +      2 O2(g)       ------------>     1 H3PO4(s)

Concentração dos Ácidos

Concentração do Ácido Sulfúrico Comercial

A concentração do ácido sulfúrico fumegante comercialmente vendido, com a concentração em massa de 98,3% é de 18 molar.

Concentração do Ácido Clorídrico Comercial

A concentração do ácido clorídrico comercialmente vendido, com a concentração em massa de 37,0% é de 11,96 molar ou 12 molar.

A densidade do ácido clorídrico comercial é de 1,18 g/mL.
A porcentagem é de 37,2%.

Portanto o ácido clorídrico comercial em solução, concentrado é 37,2 % puro que corresponde a 12 N. 

Exercícios

1) Preparar uma solução de ácido clorídrico 50% a partir do ácido clorídrico concentrado, comercial.

Resolução

Colocar em um recipiente apropriado a metade de água destilada metade de ácido clorídrico concentrado.

2) Preparar 100 mL de solução aquosa de HCl a 10%.

Deve-se lembrar que o HCl concentrado é 37,2%

Para um recipiente apropriado:

Medir 73,1 mL de H2O destilada.
Medir 26,88 mL de HCl concentrado.
Temos 100 mL de HCl a 10%.

Concentração do Ácido Nítrico Comercial
             
Como Calcular

A concentração do ácido nítrico comercialmente vendido, com a concentração em massa de 65,0% é de 15,7 molar ou aproximadamente 16 molar.

Calculando esse valor.

A massa do ácido nítrico é 63,0 g/ mol.
O ácido nítrico puro pesa por litro 1522 g.
É vendido no comércio na concentração de 65%.

Calculando a molaridade desse ácido.

1º Calcular a massa do ácido envolvida.

Calculando a molaridade do ácido.





O ácido nítrico comercial tem a concentração de 15,7 molar.

O Uso Dos Ácidos de Arrhenius

Uso do Ácido Perclórico (HClO4)

No mercado é encontrado na concentração de 70 % de pureza, o seu uso está na fabricação de explosivos, por ser explosivo tem sua aplicação associado a propelentes para foguetes, por ser toxico para as plantas é utilizado na fabricação de herbicidas, na análises clínicas é utilizado para exames laboratoriais na precipitação seletiva de mucoproteínas, também tem seu emprego nas reações de eliminação de água.

O Uso do Ácido Clorídrico

Na Industria Alimentícia


Indústria alimentícia pode usar na hidrólise do amido, ao invés da hidrólise por processo enzimático que é mais dispendioso, o ácido clorídrico concentrado. Esse método transforma o amido da batata por hidrólise ácida em glicose, que sofre posterior fermentação e produz-se finalmente o álcool.

Na Industria Farmacêutica


Na indústria farmacêutica, as proteínas, ao invés de enzimas, podem ser hidrolisadas pelo ácido clorídrico concentrado 6 N, em aminoácidos. Por exemplo a proteína pode ser "quebrada" em L-triptofano (ácido 2-amino-3-indolilpropanóico) que é um aminoácido que compõe alimentos dietéticos e também é precursor da serotonina importante neurotransmissor dos neurônios.
Na produção de corantes.
Na produção de tintas

No Cortume de Couro


O couro com o qual se produz sapatos, bolsas, cintos, casacos pode também utilizar ácidos na sua preparação. Especialmente o ácido sulfúrico é muito usado, no entanto ácido clorídrico também pode ser utilizado na fase de piquelagem do couro, que é a fase ou  processo que leva a diminuição do pH alto, em consequência da alcalinização sofrida anteriormente para retirar as impurezas desse couro. 

Nos Produtos de Limpeza


É também utilizado na limpeza doméstica na fórmulas dos alvejantes, como ácido muriático.  No entanto nessa composição esse ácido, também é corrosivo e causa irritação na parte externa do corpo humano, dos olhos e da trato digestivo. 

O Uso do Ácido Hipocloroso (HClO) 

Naturalmente o ácido hipocloroso adicionado á água reage e se transforma em clorofórmio (CHCl3). O clorofórmio também pode ser produzido industrialmente na forma líquida e pode ser utilizado como solvente, é volátil e também serve como anestésico. 
É tóxico, porém é utilizado para desinfecção da água, pois atua eficazmente contra microrganismos considerados nocivos para o organismo humano. Quando a água está contaminada com clorofórmio, o carvão ativado impregnado com prata é utilizado na remoção do clorofórmio presente na água potável em tratamento que deverá também ser filtrada adequadamente.


Uso do Ácido Bórico



O ácido bórico é encontrado Na natureza é encontrado como não-metal e ocorre na crosta terrestre como mineral borax (Na2B4O7.10H2O).  No mercado em embalagens de 600 gramas, 1 kg, 10 kg etc na forma de pó de cristais sólidos, ou na forma de solução em frasco de 10 mL. 
Usado em antissépticos (é bacteriostático) adstringente e desinfetante, esta presente em inseticidas (mata baratas, cupins, pulgas e formigas) é também usado como retardante de chamas (dificulta a propagação de incêndios), possui ação fungicida fraca. Tem aplicação na água boricada, em colírios lava olhos etc. Como fertilizante, atua na forma  de micronutriente essencial foliar. É utilizado para o crescimento das plantas. 

O Ácido Carbônico (H2CO3) No Corpo Humano 

Química Fisiológica  

Gasometria - Ácido Carbônico e o Ânion Carbonato Ácido


 Ao lado, a foto da técnica do laboratório de análises clínicas, da seção de bioquímica  colocando o sangue heparinizado no aparelho de gasometria para análise.










A gasometria arterial, ou a venosa é usada para detectar os níveis dos gases presentes no sangue, como o gás carbônico (CO2), que em proporções alteradas pode levar a acidose que causa a baixa do pH do sangue. A alcalose é a presença de CO2 no sangue diminuído, ou seja; é a baixa combinação desse gás para formar o ácido carbônico que posteriormente leva a formação do ânion bicarbonato HCO3‾, que por fim este último causa  o aumento do pH do sangue. Os dois fatores aumento ou baixa do pH, um ou outro, levam a transtornos respiratórios, coma e até morte.
Se tratando do ácido carbônico, nós podemos dizer que  o carbono que forma esse gás aparece no plasma sanguíneo sob três formas, na forma livre de gás carbônico (CO2), na forma de ácido carbônico (H2CO3) e na forma do ânion carbonato ácido (HCO3‾) que é o íon bicarbonato.


A Produção do HCO3‾  
   
A formação do gás carbônico ocorre no interior da célula, a partir do metabolismo celular de carboidratos que fornece o carbono e oxigênio trazido pelo sangue arterial. A combinação desses dois elementos químicos forma o gás carbônico, que ao reagir com a água forma o ácido carbônico. O ácido carbônico pela ação da enzima anidrase carbônica, perde um átomo de hidrogênio na forma de próton H+ e se transforma no ânion carbonato ácido (HCO3‾).

 A representação da reação de formação do gás carbônico até o bicarbonato é a seguinte: 

                                     carbono                 oxigênio                         gás carbônico
                                  gás carbônico               água                                ácido carbônico
                                 ácido carbônico                   cátion hidrogênio      carbonato ácido


A anidrase carbônica é a enzima responsável pelo nível de ácido carbônico presente no sangue, ela regula a produção desse ácido, do ânion HCO3‾ e do H+. A ação da anidrase carbônica também se dá nos intestinos, em que parte do bicarbonato formado que é pouco difusível vão para o lúmem intestinal e é excretado e o H+ que é muito difusível, é absorvido, se difunde para o sistema vascular e daí para o filtrado glomerular renal e juntamente com outros íons são excretados na urina. Esse H+ e o CO2 presente no sangue tornaria o sistema ácido, no entanto há o equilíbrio do pH devido a presença 20 vezes maior do ânion HCO3‾, que do ácido carbônico.
Então, os rins, os pulmões e o trato digestivo, eliminam o dióxido de carbono do organismo e o mantém equilibrado com relação ao pH. A presença do carbonato ácido no soro humano é de 27 mEq/L.

 Stanley Mikal, M. D. - Homeostase no Homem.

H2S Sulfeto de Hidrogênio ou Gás Sulfídrico


O gás sulfídrico provém da decomposição de material orgânico vegetal ou animal e está presente em esgotos doméstico e de indústrias de papel, é encontrado em águas estagnadas com material orgânico sendo decomposto. Pode ser detectado também nas águas subterrâneas que tenham algum tipo de nutriente específico em decomposição e que estejam contaminadas por bactérias produtoras de H2S. Na natureza há uma grande quantidade de espécies de bactérias produtoras desse gás, como por exemplo; as saprófiticas Thiobacillus denitrificans , Paracoccus pantotrophus, Paracoccus denitrificans, Thiomicrospira pantotrophus) e outras  como dos Bacillus sulfidophilus e Bacillus mojavensis. Especialmente as bactérias patogênicas que é de interesse médico, como a Salmonella  t yphi e Salmonela paratyphi  ou do gênero citrobactereae, o qual possui algumas espécies. Além dessas espécies já citadas há a Eduardsiella e outras etc. (B. ElMer W. Koneman et all 2001).


Bactérias e H2S No Laboratório


O H2S na forma de gás é diferente do H2S na forma de ácido. No primeiro caso considera-se que a forma gasosa da substância esteja na forma pura e no segundo caso, considera-se o substância associada a água formando o composto ácido.


Na microbilologia laboratorial muitas espécies bacterianas são identificadas por meios de cultura que contém tiossulfato de sódio inserido no meio de cultura. Por exemplo o meio Salmonella shighella é um meio de cultura que é fonte de enxofre para a produção do H2S. Esse gás produzido poderá ser bem observado em culturas em tubos de ensaio ou placas de Petri. Em tubos de ensaio, apresentará a característica expansiva sobre esse meio de cultura. 

Toxidade
Esse gás tem cheiro de ovo podre, sendo extremamente tóxico dependendo da quantidade com a qual se entra em contato.
 Ao ser inalado por uma pessoa na proporção de 50 ppm causa irritação dos olhos garganta e pulmões. Em proporções razoáveis de 150 a 200 ppm, causa no sistema respiratório tosse, polipnéia (respiração rápida), espasmo brônquico, rinite e perda do olfato (anosmia), o que é um perigo, pois a pessoa nesse estado perde a noção do perigo á sua vida. Se altamente concentrado e misturado ao ar é inflamável. Nós produzimos esses gás no lúmen do nosso intestino (por bactérias) e o exalamos pela respiração ou através do trato intestinal.
O gás sulfídrico é venenoso, pois uma concentração de 2 mg/L é letal.

Foto de meio de cultura em tubos de ensaio



Observe que nos três primeiros tubos de ensaio com o meio de cultura, ocorreu a formação de gás. Houve o deslocamento do ágar formando um espaço vazio entre a camada inferior e superior.

Observação essa bactéria aqui apresentada não é produtora de gás sulfídrico, é da espécie klebsiella que produz outros gases.
A cor avermelhada e amarelada do ágar do tubo de ensaio indica a acidificação do meio de cultura pelo microroganismo.



                
Utilidade do Ácido Sulfúrico
Fabricação de fertilizantes a base de enxofre, com a entrada do ácido sulfúrico para formar o componente sulfato de amônia e ainda superfosfatos presentes no fertilizante como superfosfatos, na industria petroquímica na produção de petróleo, é utilizado na produção de papel, de corantes, de fibras de raiom ou também chamada de seda javanesa também chamada viscose tecido com o qual se confecciona vestidos, casacos blusas, e ainda de medicamentos, tintas, inseticidas, explosivos e tem aplicação ainda na produção de outros ácidos.

Utilização do Ácido Nítrico

O ácido nítrico tem aplicação no cotidiano na fabricação de explosivos nitroglicerina TNT trinitrotolueno. A partir desse ácido se fabrica salitre um tipo de sal utilizado em alimentos, na preservação da cor da carne enlatada ou em embutidos salames mortadelas, salsichas, aplica-se ainda na produção de fertilizantes, pólvora negra, na fabricação de explosivos, corantes fibras sintéticas de náilon também chamada de seda artificial e ainda de nitratos. 

Utilidade do Ácido Fosfórico

O ácido fosfórico é utilizado na produção de fertilizantes como fosfatos, na produção de sal mineral de alimentação animal, indústria de bebidas como acidulante, na fabricação de vidro,  na produção de chocolates, na indústria farmacêutica, na produção de detergentes, para dar brilho no alumínio e como decapante ou seja removedor de ferrugem.



Classificação Segundo o Número de Hidrogênios Dissociáveis dos Ácidos

Uma das maneiras de se classificar os ácidos, pode ser observado nas suas reações de única etapa com água ou uma solução básica.  Dessa maneira pode-se identificá-lo de acordo  com a presença dos hidrogênios dissociáveis em suas moléculas.

Monoácidos 

Os monoácidos só possuem um hidrogênio dissociável na sua estrutura molecular, no entanto; há monoácidos que possuem mais de um hidrogênio na sua molécula. Isso poderá ser observado mais à frente.

Obs:  o hidrogênio dissociavel da molécula está marcado em vermelho.

Ácido clorídrico
Fórmula molecular                Fórmula eletrônica                    Fórmula estrutural
     condensada                                                                                   plana
Ácido nítrico
Fórmula molecular                                      Fórmula eletrônica                                                              Fórmula estrutural
   condensada                                                                                                                                                       plana
Ácido cianídrico
Fórmula molecular                                         Fórmula eletrônica                                                        Fórmula estrutural
   condensada                                                                                                                                                   plana
Ácido bromídrico
       Fórmula molecular                                    Fórmula eletrônica                              Fórmula estrutural
         condensada                                                                                                            plana
Ácido hipofosforoso
Aqui é apresentada as três fórmulas do ácido hipofosforoso. Esse ácido é um monoácido pois, somente um hidrogênio de sua estrutura é dissociável, porque está ligado ao oxigênio, os outros dois hidrogênios estão ligados diretamente ao átomo central, não dissociam. 

Diácidos 
 
Os diácidos possuem dois hidrogênios dissociáveis na sua estrutura molecular.

Para facilitar a compreensão, os ácidos abaixo são apresentados nas três formas, fórmula molecular condensada, fórmula eletrônica e fórmula estrutural plana.

Ácido sulfúrico - apresentado na formula molecular condensada, .fórmula eletrônica e fórmula estrutural plana.
Ácido carbônico - apresentado na fórmula molecular condensada, fórmula eletrônica, e fórmula estrutural plana.
Ácido sulfídrico - apresentado na fórmula molecular condensada, fórmula eletrônica, e fórmula estrutural plana.
Ácido crômico - apresentado na fórmula molecular condensada, formula eletrônica e fórula estrutural plana.

 Triácidos

Os Triácidos possuem três hidrogênios dissociáveis na sua molécula.


Os triácidos aqui são apresentados nas três formas. Fórmula molecular condensada, eletrônica e estrutural plana.

Ácido fosfórico
 
Ácido arsênico

Ácido arsênico apresentado nas três formulas; molecular, eletrônica e estrutural plana.

Tetrácidos
Os Tetrácidos possuem quatro hidrogênios dissociáveis.

Ácido pirofosfórico
 Ácido silícico
A mesma estrutura do ácido silícico pode ser representada nas fórmulas a seguir:


Classificação em Hidrácidos e Oxiácidos


Hidrácidos

Os hidrácidos não possuem oxigênio na estrutura molecular.

Ácido clorídrico


Ácido bromídrico


Ácido iodídrico


Ácido cianídrico

Ácido sulfídrico


Oxiácidos


Os oxiácidos possuem oxigênio na molécula.

Exemplos de oxiácidos.


A possível disposição dos átomos de oxigênio na molécula pode ser visualizado utilizando a fórmula estrutural plana das moléculas.




Grau de Ionização Alfa Dos Ácidos de Arrhenius 


A força dos ácidos é dada pela ionização alfa (α) que compreende os valores de zero (0) até 1, que indica o quanto o ácido pode ionizar formando prótons H+ .

O grau de ionização alfa classifica os ácidos em; fortes, intermediários e fracos. Os ácidos fortes dissociam completamente ou quase completamente num sistema aquoso. 

Ácidos Fortes

Por exemplo o ácido clorídrico dissocia 92% em água é um ácido forte. Isso significa que; de 100 moléculas do ácido clorídrico, 92 dissociam.

O grau de ionização alfa é dada pela equação:


H2SO4 - Ácido sulfúrico dissociação = 61 % .
HNO3 - Ácido nítrico  dissociação = 92 %. 

Ácidos Semi-Fortes

H2SO3 - Ácido sulfuroso dissociação =  30 % .
H3PO4 - Ácido fosfórico dissociação = 27 % .
HF - Ácido fluorídrico  dissociação = 8 %.

Dissociação do ácido bórico (H3BO3) na água.

Exercício

Sabendo que a dissociação do ácido fosfórico é 27%, quantas moléculas desse ácido estarão ionizadas em 100 mL  dessa solução 1 molar?



Quantas moléculas ionizadas há em 1 litro da solução?



Quantas moléculas ionizadas há em 100 mL de solução?



Ácidos Fracos
    
HCN - Ácido cianídrico  dissociação α = 0,008 %.
H3BO3 - Ácido bórico dissociação α = 0,075 % .
H2S - Ácido sulfídrico dissociação α =  0,076 % .

Dissociação do ácido bórico (H3BO3).

O ácido bórico é solúvel em álcoois, piridina e acetona.

Solubilidade na água

A zero graus Celcius = 2,52 g por 100 mL de água.
A 20 graus Celcius = 4,72 g por 100 mL de água.
A 25 graus Celcius = 5,7 g por 100 mL de água.
A 80 graus Celcius = 19,1 g por 100 mL de água.
A 100 graus Celcius = 19,1 g por 100 mL de água.

Questão.

1) Dada a dissociação do ácido cianídrico  α = 0,008 % .  Então em 2700 moléculas desse ácido quantas  estão dissociadas?

Em 100 moléculas 0,8 dissociam.



2) O ácido clorídrico é produzido nas células parietais das glândulas gástricas do estômago. Quando o alimento chega no estomago, estimula os receptores que produzem gastrina e o receptor de acetilcolina. Esses dois receptores estimulam o receptor de produção de histamina que é a responsável por 70% do ácido clorídrico produzido no estômago. Uma pessoa com 36,5 µg de HCl no estômago, qual a massa de Mg(OH)2 é necessária para neutralizar completamente o ácido clorídrico. Esquematize a equação da reação.

A reação balanceada de neutralização do ácido é:


A mesma reação simplificada.


Dados para o cálculo das massas.


Cálculo das massas da base e do ácido.


Massa necessária para neutralizar completamente o ácido clorídrico.

Observe que a massa em gramas pode ser passada para microgramas automaticamente.



A massa de hidróxido de magnésio necessária para neutralizar completamente 36,5 µg de ácido clorídrico é 29 µg.

A Nomenclatura dos Ácidos

                    Exercícios Simplificados


1) Uma característica dos ácidos é possuir:


a)  o pOH alto.
b)  o pH alto.
c)  o pH baixo.
d)  sabor amargo.
e)  pH neutro.

2) Os ácidos de Arrhenius ao se dissociarem em água podem liberar o cátion:

a) OH-
b) H2O
c) PO4---
d) SO4--
e) H+

3) Qual das alternativas apresenta apenas moléculas de ácido? Assinale apenas a alternativa correta.

a) HCl,  H2SO4, NaCl, NaOH, H3PO4
b) H2O, Ca(OH)2, NaHCO3, CaCO3, H4Si2O 
c) HCl, H2SO4, H3PO4, H4Si2O4, HClO4 
d) NaOH, LiOH, Ca(OH)2, Fe(OH)3, Al(OH)3
e) H+, NaCl, NaHCO3, NaHSO4, CaClBr

4) A reação correta do ácido clorídrico em água é: assinale apenas a alternativa correta.

a) HCl       +      H2O              H+    +      Cl-       +      H2O
b) HCl       +      H2O       →       H-     +     Cl+       +      H2O  
c) H2S       +      H2O       →       H-      +     Cl+       +      H2
d) HBr       +      H3O+     →      H-      +     Cl+       +      H2O
e) HCl       +      H2O              H+     +     Cl+       +      H3O

5) A reação correta de dissociação do ácido sulfúrico em água é: assinale apenas a alternativa correta.

a) H3PO4         +     3 H2O         →      3 H3O+          +      SO4--        
b) H2SO4       +       2 H2O        →       2 H3O+         +       SO4-- 
c) H3PO4       +       2 H2O        →       2 H3O+         +       PO4---
d) HClO4        +       4 H2O       →      2 H3O+         +       ClO4-- 
e) H2SO4       +       2 H2O               2 H3O-         +       SO4++ 


6) Um dos ácidos utilizado na hidrólise do amido e proteínasespecialmente para a faixa de consumidores infantis, na industria alimentícia, e na composição de medicamentos é: assinale a alternativa correta. 

a) Ácido cianídrico.
b) Ácido bromídrico.
c) Ácido clorídrico.
d) Ácido bórico.
e) Ácido hipofosforoso.

7) Na limpeza doméstica, o ácido clorídrico é utilizado agregado a outros componentes da fórmula do ácido com o nome comercial de:

a) ácido fosfórico.
b) ácido silícico.
c) ácido clorídrico.
d) ácido bórico.
e) ácido muriático.

8) É encontrado no mercado em embalagens de 600 gramas, 1 kg, 10 kg etc na forma de pó de cristais sólidos, ou na forma de solução em frascos de 10 mL. 
Usado em antissépticos (é bacteriostático) adstringente e desinfetante, esta presente em inseticidas (mata baratas, cupins, pulgas e formigas) é também usado como retardante de chamas (dificulta a propagação de incêndios), possui ação fungicida fraca. Tem aplicação na água boricada, em colírios lava olhos etc. é utilizado como fertilizante foliar das plantas como as de culturas hidropônicas.

a) Ácido fosfórico.
b) Acido bromídrico.
c) Ácido bórico. 
d) Ácido cianídrico
e) Ácido muriático.

9) Na classificação dos ácidos segundo o número de hidrogênios dissociáveis, pode ser considerado um diácido apenas a molécula da alternativa:

a) H4Si2O4
b) H3PO2 
c) HBrO3 
d) H2SO4 
e) HClO4 

10) Conforme as etapas de dissociação de um ácido em água, o ácido fosfórico (H3PO4) apresenta na sua dissociação completa:

a) uma etapa.
b) duas etapas.
c) três etapas. 
d) quatro etapas. 
e) cinco etapas.

11) Conforme classificação dos ácidos em hidrácidos e oxiácidos, a alternativa que apresenta apenas hidrácidos é:

a) HBr, HClO, HBrO3, H3AsO4, HCN.
b) HCN, HBr, H2S, HI, H3AsO4
c) H3AsO4, HClO, HBr, H2S, HI. 
d) H4Sb2O7, H3BO3, HIO4, HNO2, H3PO4.
e) HCl, HCN, HBr, H2S, HI. 

12) Qual é a Concentração molar do ácido sulfúrico comercial cuja densidade é 1,84 g/cm3

a) 1,0 molar .
b) 10,0 molar.
c) 12,0 molar.
d) 18,8 molar.
e) 25,0 molar.


Bibliografia

Eduardo Fleury Mortimer, Andréa Horta Machado, Química Ensino Médio Volume 1, 3ª Edição Editora Scipione, São Paulo 2017.

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Geraldo José Covre, Química o Homem e a Natureza, Química Geral, Volume 1, Editora FTD, São Paulo 2000.

Ricardo Feltre, Química, Química Geral, Volume 1. 6ª Edição, Editora Moderna, São Paulo 2004. 

Antonio Lembo. Química, Realidade e Contexto. Volume 1 Química Geral, Editora Ática, São Paulo, 1999.

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Lia Monguilhott Bezerra, Julio Cezar Foshini Lisboa, Aline Thais Bruni, Ana Luiza Petillo Nery, André Amaral Gonçalves Bianco, Henrique Rodrigues, Kátia Santina, Rodrigo Marchiori Liegel Vera Lúcia Mitiko Aoki. Ser Protagonista Química, Ensino médio, volume 1, 3ª edição, Edições SM, São Paulo  2016.

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pharmacotecnica.com.br/?:=materia_prima&tt=atd&i=L&c


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Ácido Clorídrico - Universidade Federal Fluminense

www.uff.br/RVQ/index.php/rvq/article/download/705/47

W. pt.wikipedia.org > wiki > ácido bórico
Ácido bórico - Wikipedia, a enciclopédia livre
                       
Dalton Sebastião Franco, Química, Volume 2. Editora FTD, São Paulo 2009


terça-feira, 9 de agosto de 2011

Colóides

                                                                   Colóides

Dispersão Coloidal

                             A Definição de Dispersões Coloidais

O significado da palavra coloide ou seja, a partícula da dispersão; vem do grego que significa goma ou cola. Dispersão coloidal não é uma solução verdadeira e também não se qualifica como uma mistura grosseira de areia com a água, mas estaria entre esses dois estados físicos de substâncias envolventes.
Portanto, distinguem-se por não poderem ser chamadas de  soluções porque o "particulado" componente, se encontra acima do tamanho limite das partículas de uma solução verdadeira.
Foi o Inglês Thomas Grahan quem melhor definiu como dispersões coloidais, pois teriam as características intermediárias entre mistura homogênea e mistura heterogênea.
              
Características de Substâncias Coloidais

Não atravessam os filtros comuns.
Possuem diâmetros inferiores a 10-4 cm até certo limite.
São visíveis num ultramicroscópio como pontos de luz em movimento.

Os coloides não atravessam a malha de um ultrafiltro.

Substância Dispersa

É necessário que haja mais de uma substância formando uma mistura, para que seja um sistema coloidal, o qual é heterogêneo. A substância dispersa na mistura é a que se encontra em menor quantidade.

Substancia Dispergente

Nessa mistura heterogênea a substância dispergente é a que se encontra em maior quantidade promovendo a dispersão da substância em menor quantidade.


Dispersão Coloidal, Dispergente e Dispersante

Portanto na dispersão coloidal deve existir o disperso e o dispersante. Ao misturarmos maisena (amido de milho) com água, teremos uma dispersão coloidal. O dispergente é a maisena e o dispersante a água.


O leite possui na sua composição o açúcar lactose, gotículas de gordura, proteína caseína e água.
É uma dispersão coloidal devido ao dispergente, a proteína caseina estar dispersa na água que é o seu dispersante (não se considera a lactose e as gotículas de gordura).


                            O Tamanho das Partículas Envolventes

Dimensão dos Coloides

Os coloides, componentes das dispersões coloidais se juntam em agregados de macromoléculas ou macroíons com o diâmetro entre 10 a 1000 angstrons. Esses aglomerados não podem ser observados a olho nu.

Se correlacionarmos os valores, angstron e centímetro teremos os seguintes dados:

1 angstron corresponde a 108 centímetros.

1 angstron corresponde a 108 centímetros = 0,00000001 cm. 
 
10 angstrons corresponde a 107 centímetros = 0,0000001 cm = 1 nanômetro
 
100 angstrons corresponde a 106 centímetros = 0,000001 cm. = 10 nanômetros.
 
1000 angstrons corresponde a 105 centímetros = 0,00001 cm. = 100 nanômetros.

10 000 angstrons corresponde a 10-4 centímetros = 0,0001 cm. = 1000 nanômetros.

100 000 angstrons corresponde a 10-3 centímetros = 0,001 cm. = 10 000 nanômetros.

1000 000 angstrons corresponde a 10-2 centímetros = 0,01 cm. = 100 000 nanômetros.
 
O limite da visão humana a olho nu é de 0,01 mm (milímetro), portanto; o limite máximo do tamanho dos coloides é 100 vezes menor que o alcance da visão humana sem o uso de aparelhos de microscopia.

                                A Carga Das Partículas Dispergentes

Geralmente as partículas pequenas se juntam para formarem o coloide (macromolécula) por ligações intermoleculares. Por sua vez os coloides formados possuem a sua carga elétrica própria, portanto; para ser uma dispersão coloidal deve haver uma carga elétrica nas suas partículas constituintes. A carga elétrica do disperso é igual para todas as partículas do meio, porque é essa carga elétrica que manterá esses coloides equidistantes uns dos outros criando a repulsão ou dispersão. Se a carga do dispergente for positiva todas as suas partículas serão positivas. Se a carga do dispergente for negativa todas as suas partículas serão negativas e se manterão afastadas umas das outras.

                           São Exemplos de Dispersões Coloidais

O ar que nos envolve, neblina, fumaça, inseticida de uso doméstico, espuma de sabão, plasma sanguíneo, leite no estado natural, creme chantilly, cremes hidratantes para a pele, musse para cabelos, maionese, amido de milho em água, geleias, gelatina pronta, doce maria-mole, doce suspiro etc. Também é considerado dispersão coloidal o humor vítreo e o cristalino do olho. Partículas virais suspensas no ar também entram como aerossóis, como no caso dos vírus patógenos infectantes causadores de muitas doenças atuais cujo tamanho médio é de aproximadamente de 50 a 200 nanômetros.

Coloides IV Suspensão


É o sistema formado pela mistura heterogênea que contém a substância dispersante e dispergente. É o sistema coloidal ou seja, um sólido disperso em um líquido. O soluto não dilui no solvente e as partículas possuem o diâmetro acima de 100 nanômetros.

São exemplos de solução: Farinha de trigo misturado na água, o antiácido estomacal hidróxido de magnésio, hidróxido de alumínio e hidróxido de cálcio é uma suspensão medicamentosa. O bactrin (sulfametoxazol e trimetoprima) quimioterápico, usado nas infecções bacterianas é uma suspensão aplicada via oral. 
 
                       Apresentação de Dispersões Coloidais
 
Sol

No sistema coloidal sol, as propriedades das duas substâncias unidas, se apresentam parecidas com líquido, o  disperso está na fase sólida e o dispergente está no estado líquido. 
Esse sistema pode se dividir em liofílico aquele que apresenta maior afinidade entre as partículas dispersas e o solvente, o os liofóbicos, aqueles cujas partículas sólidas não atraem o solvente e formam coágulos. Esses concentrados precipitam facilmente, tendo como exemplo desse sistema a produção das pastas dentais.
Um bom exemplo desse sistema é o sangue, que possui partículas sólidas, as hemácias, plaquetas glóbulos brancos e o plasma a parte líquida.
O creme dental ou pasta de dente, pertence ao sistema sol, que é constituída de parte sólida, o hidróxido de sódio, fluoreto de sódio e triclosano dispersos na líquida. Algumas tintas também pertencem a esse grupo.

Sol Sólido

O vidro é um exemplo de sol sólido e vidro pigmentado.

Gel

A substância coloidal na forma de gel, tem a aparência de um sólido. Mesmo assim o disperso está na forma líquida e o dispersante está na forma sólida. O queijo é um sistema coloidal na forma de gel. Creme para cabelo na forma de gel, gel hidratante para cabelos. O medicamento brimonidina é uma pomada na forma de gel usada no tratamento de rosáceas da face bochechas nariz e testa. 

Aerossol

O dispergente está na fase gasosa e o disperso está na fase líquida (sprays). A fumaça de cigarro também é um aerossol. O SO2  ao se misturar no ar com o SO3 forma um aglomerado disperso no ar uma partícula de aerossol.

                                    Os Aerossois Líquidos
 
Aerosol pode ser definido como material particulado natural ou não, suspenso num gás em movimento contínuo. O dispergente está na fase gasosa e o disperso está na fase líquida.
Exemplo: a neblina, são gotículas de água dispersas no ar. Observe que as moléculas de água podem se agrupar por ligações intermoleculares, por pontes de hidrogênio e formar as partículas do tamanho de um coloide.
Outro exemplo, são os inseticidas de uso doméstico e o  coloide desse aerosol é a partícula ativa. Podemos citar particularmente um deles que pertence aos multi inseticidas, muito usado em residências; do grupo das piretrinas e piretroides com o nome comum de D-aletrina, D-tetramentrina e permetrina, que estão na forma líquida e misturados com o gás propelente que pode ser o gás propano ou butano que produz o spray, jato do aerosol.

                                          Aerosol Sólido

Nesse tipo de dispersão coloidal  o dispergente está na forma gasosa e o disperso está na forma sólida.

Diesel + Combustão Incompleta = Aerosol Sólido

O diesel, especialmente do petróleo é o combustível de veículos automotores como: picapes, jeep, vans, ônibus, caminhões, tratores, motocicletas, que quando mal queimado, ou com combustão incompleta, forma partículas de fuligem, que é liberada pelos escapamentos para a atmosfera na forma de aerosol sólido. 

Fumaça = Aerossol Sólido

Um bom exemplo desse tipo de dispersão coloidal ou aerosol sólido são as micropartículas de poeira dispersas no ar invisíveis a olho nu, ou a fumaça; a qual possui microgrânulos de cinzas dispersas no ar.

Note-se que, se as partículas de poeira ou da fumaça forem grandes o bastante para serem visíveis a olho nu, elas já não são mais coloides.

                                         Espuma Líquida

É uma dispersão coloidal em que o dispergente está na fase líquida e o disperso está na fase gasosa. Essas espumas são envolvidas por um filme líquido, possuem instabilidade, num curto período de tempo ela ela se desfaz.
Um exemplo desse tipo de dispersão sob a forma de espuma líquida é o creme chantilly. Nesse caso é o ar que expande o creme, o ar usado é o gás propelente o óxido nitroso (N2O) gás hilariante que possui alta difusibilidade, e está disperso no creme de leite chantilly.
Outro exemplo para espuma líquida é o musse para cabelos que ajuda a modelar os cachos e realça o volume, da mesma forma que no chantilly, o gás está disperso no creme cosmético expandindo-o, com a diferença que o gás usado é o gás propano ou butano.
Outro característica de espuma líquida, que pode ser representada na forma de dispersão coloidal, possuindo uma fase gasosa e uma fase líquida, pode ser exemplificadas como a espuma de sabão e a espuma para combate a incêndios. A espuma de combate a incêndio pode ser composta de partículas de gás carbônico envoltas por moléculas de água. Existem outras substâncias formadoras de espuma de combate á incêndio, que é formada pelos compostos orgânicos trimetiltrimetileno glicol e hexileno glicol.

                                                               Espuma Sólida

 O doce maria-mole é uma dispersão coloidal na qual os seus componentes o açúcar,  gelatina hidratada, e demais componentes estão misturados.  A clara de ovo um dos constituintes, é a que possui a substância coloidal que se dispersa com ar e depois é solidificada sob calor ou não, formando a espuma sólida. A albumina, essa proteína da clara do ovo, ao batermos com um garfo ou batedeira tem a capacidade de incorporar ar; se mistura a ele e adquire volume.
 
Outro exemplo de espuma sólida é o isopor, com o qual se fazem forros de isopor, caixas de isopor, produtos isolantes de temperatura e som, placas de isopor etc. O isopor é o plástico poliestireno (PS) ou o poliuretano expandido pela injeção de ar na hora da preparação. Um dos gases muito comumente utilizado para a expansão é o pentano.
 
O suspiro é um doce que se apresenta como espuma sólida. É a clara de ovo batida misturada aos poucos com açúcar e depois assado em forno brando.

                                                        Gel
Pectina da laranja cidra. Com a pectina da cidra se faz doces

Gel são as geleias, tipo; geleias de pêssego, geleias de laranja, de amoras. Gel é um tipo de dispersão coloidal em que o dispergente está na fase sólida.
 
O disperso está na fase líquida. Nesse caso a água é o disperso na pectina. 
O dispergente está na fase sólida, no caso da pectina este é o dispersante. O disperso está na fase líquida.
O disperso está na fase líquida porque a molécula de pectina é altamente hidrofílica. Nesse caso a água é o disperso na pectina.
Géis ou seja; no caso das geleias de frutas o colóide ou o dispersante é a pectina e o disperso está na fase líquida. Aquecida é dissolvida, mas ao contrário ao ser resfriada as suas partículas formam um retículo ramificado dando uma consistência semi-sólida .


A pectina é um polímero feito de unidades do monômero ácido galacturônico (C6H10O7), que por sua vez é formado pela ramnose (C6H12O5), arabinose (C5H10O5) ou galactose (C6H12O6),  pela oxidação do seu carbono de numero 6, etc.
É um polissacarídio que está presente na parede de frutas como a maçã, a ameixa, a framboesa, o marmelo, o limão, a laranja, as uvas pretas, o damasco, a tangerina, o pêssego, a pera e em melões etc. Faz parte de suas cascas e polpas, também é o componente das paredes das plantas em geral. Apresenta solubilidade em água e se torna uma substância viscosa ao aquecer e ao resfriar.

A parte interna da casca da laranja é rica em pectina 
Emulsão

Nessa dispersão coloidal o dispergente e o disperso se encontram na fase líquida, primariamente separados por serem substâncias apolares e imiscíveis entre si, necessitam de uma outra substância para se interagirem.

Azeite + Vinagre + Gema de Ovo = Emulsão

Outro exemplo de emulsão é a maionese que nós usamos costumeiramente como nosso alimento. A maionese é composta de azeite vinagre e gema de ovo que quando bem misturada em batedeira ou mesmo liquidificador, com a textura certa, forma a emulsão bem característica que nós conhecemos a maionese.

Petróleo + Água = Emulsão

Na extração e produção do petróleo, muitas vezes, este é encontrado na forma de emulsões de petróleo com água. Quando a emulsão apresenta alto índice de água, estas emulsões tendem a ser estáveis e difíceis de serem quebradas" desse modo ocorre um fator importante que é o econômico. 
As emulsões também se formam na contaminação da água do mar, pelo derramamento de petróleo na água, o que torna difícil a sua remoção e limpeza do local atingido.
Quando misturamos petróleo com água e batemos com forte agitação, obtemos uma mistura de microgotículas de água dispersas no petróleo

Água + Óleo + sabão = Emulsão

Podemos exemplificar mais uma vez esse tipo de transformação da seguinte forma: a água que é polar, mais óleo que é apolar não se misturam. No entanto ao associarmos a água e óleo, o detergente que possui uma de suas extremidades polar, ocorre a homogeneização formando a emulsão.
Isso acontece porque o detergente comporta-se como sal, possui uma das extremidades polar positiva que entra em contato com a parte polar negativa da molécula de água, se juntam numa massa capaz de neutralizar a gordura.


Observe abaixo a forma estrutural plana de uma molécula de sabão.

Esquema de uma molécula de sabão ou detergente.
Observe a parte polar  numa das extremidades.

A figura representa a mesma molécula de detergente acima
com a parte polar, cauda e parte apolar.

O esquema abaixo representa a microgotícula de óleo ou gordura, a molécula do detergente ou sabão com sua cauda, a parte apolar, a parte polar, e a molécula de água.

 Como o detergente tira o óleo da sua mão?

Você já derramou óleo de cozinha nas suas mãos e passou água nela? Você vê que o óleo continua impregnado. No entanto ao passar sabão, sabonete ou detergente e esfregar; cria-se uma pasta (emulsão) que ao lavar é totalmente retirada pela água.

A figura representa a água o detergente e a microgotícula
de gordura apolar, cercada pela parte apolar do detergente

A Ação do Detergente ou Sabão e Água Sobre o Óleo 

Como mostra a figura acima, na extremidade da cadeia carbônica do detergente, na parte polar está a carboxila (COO‾), o oxigênio dessa carboxila de carga negativa, “segura” o sódio ionizado (Na+) que permanece ligado ao detergente dando a configuração final positiva a essa parte da molécula. Por sua vez o sódio com a sua carga positiva, atrai a molécula de água que possui um dos polos negativo, desse modo juntam-se a água e o detergente. No entanto ao atrair a molécula de água, esta possui ligação intermolecular entre elas mais forte que a ligação intermolecular das moléculas de óleo por isso continuam unidas em “blocos de moléculas de água”sem se desfazerem e estes pressionam (no ato mecânico de esfregar as mãos com sabão) as macrogotas de gordura que se rompem em suas ligações intermoleculares, formando microgotículas ou bolinhas microscópicas de gordura que se dispersam. Essas microgotas por não terem saída, pressionadas pela massa de água e detergente unidas por suas extremidades polarizadas, “são empurradas para a parte neutra, indo se alojar na parte apolar, ou seja; na cauda do detergente ou sabão. Como as moléculas do detergente permanecem unidas á massa de água pelas suas partes polares, todas elas se voltam num rearranjo com a parte apolar ou a cauda voltada para uma única direção contrária, formando um circulo apolar, (figura acima) tendo no seu centro a gotícula sem polaridade da gordura, que fica presa nesse local. Ao lavar (as mãos ) com água, esta remove totalmente; tanto o detergente como a gotícula de gordura presa a ele. 

Como São Separados os Constituintes Das Dispersões Coloidais

A observação dos colóides das dispersões é feita por ultramicroscópios.
A separação é feita por:
Ultrafiltragem – utilização de ultrafiltros.
Ultracentrifugação – centrífugas com 60.000 rpm (rpm = rotações por minuto).
Diálise. 
Eletroforese.

Diálise


Diálise é o processo de separação de impurezas ou produtos tóxicos solúveis num dispergente. 
O sangue é um a dispersão coloidal com um nível de colóides estabilizado pelo organismo e em geral pelos rins. 

A Hemodiálise e o Sangue

O Que é o Sangue?  Componentes do Sangue.

Primeiramente deveremos ter uma visão geral da função e composição do sangue para defini-lo como uma dispersão coloidal.

O metabolismo celular é o conjunto de reações químicas, de síntese de novos componentes, de remoção de células mortas, ou dos seus restos celulares dessa degradação a nível celular, de aproveitamento dos nutrientes levados pelo sangue até esses locais e após cumprirem suas funções, geram substâncias tóxicas que retornam para a circulação sanguínea e devem ser eliminadas pelo organismo, através da filtração do sangue.
Os componentes do sangue ou do plasma sanguíneo são: os glóbulos vermelhos (hemácias), glóbulos brancos (leucócitos) e plaquetas. Esses componentes não são colóides por possuir o tamanho acima do especificado para um colóide.  

No entanto há outros componentes do sangue, que são os gasosos; gás oxigênio (O2), gás carbônico (CO2), eletrólitos; Na+,K+, Ca2+,Mg2+, Cl‾, HCO31, SO42sais minerais, não eletrólitos; glicose, aminoácidos, proteínas, enzimas, hormônios, uréia, creatinina, lactato, lipídios, etc.

Alimentos Que Proporcionam o Aumento de Alguns Desses Eletrólitos no Organismo

O Fósforo, Potássio e o Sal na Dieta Alimentar e Sua Concentração Plasmática 
 
O Fósforo principalmente na forma de fosfatos é essencial ao organismo humano e normalmente temos uma concentração balanceada no plasma sanguíneo.  
Todo ser humano deve ter uma dieta balanceada a base de nutrientes que contenham esse eletrólito devido ser necessários ao organismo. Os alimentos que contém proporções maiores desse elemento químico são: a carne bovina, de frango, de peixe, ele aparece nos queijos, no leite, nos iogurtes, na carne de porco, em ovos, no feijão, na ervilha, nas lentilhas, no grão-de-bico, na soja, na sardinha, linguiça, fígado, salsicha, e outros alimentos como o amendoim, a castanha de cajú, as nozes, avelãs, e também no refrigerante coca-cola, e na cerveja.
O potássio também muito necessário ao nosso organismo entra pela ingestão de alimentos ricos nesse eletrólito. Ele está presente principalmente em frutas como o abacate, a banana, o açaí, a uva, a mexerica, nectarina, na jaca, na goiaba, mamão, maracujá, kiwi, damasco, graviola, no figo e no melão, tomate, no extrato de tomate, em frutas secas como a ameixa e o damasco, em legumes como o feijão, grão-de-bico soja, nas verduras  agrião, almeirão, escarola, o repolho, da família das solanáceas o pimentão, da família dos tubérculos a cenoura, da família das Cucurbitaceae o pepino, da família das betuláceas a avelã, da família das castanhas as nozes. Também aparece no chocolate, no caldo de cana e no sal light.
O sal é outro eletrólito muito solicitado pelo organismo na forma do cátion sódio Na+, aparece em grandes quantidades nos embutidos como o presunto, está presente na mortadela, no bacon, na linguíça, nos salames, em salsichas, no molho de mostarda, nos catchups, nos molhos de soja, nos cubos de temperos a base de  caldo de carne ou de galinha, em sopas e salgadinhos.
Com o aumento da ingestão desses alimentos ocorre o aumento, principalmente do fósforo, do potássio e do sal no nosso organismo.  Consequentemente ocorre o controle de seu nível plasmático pela função excretora renal num indivíduo que tenha os rins funcionando normalmente.


A Água e os Pacientes Com Deficiência Renal Crônica Severa
  
Pacientes com deficiência renal crônica séria, que perdeu por exemplo, 90% de sua capacidade de filtração, devem tomar uma quantidade de água bem restrita e indicada pelo médico. Se um paciente normal urinar 2 litros por dia ele pode tomar água normalmente. Porém se o rim de um paciente não filtrar a água ingerida haverá o acumulo no organismo, que levará a outros problemas com mesmo grau de seriedade. 
  
Os Medicamentos e os Pacientes Com Deficiência Renal Crônica Severa
  
Os pacientes que se servem normalmente da diálise não devem tomar nenhum tipo de medicamento sem o acompanhamento médico.


Patologias Que Podem Influenciar o Nível Das Substâncias Plasmáticas
  
Os rins podem sofrer parada de funcionamento por alguns dias e depois voltar a funcionar normalmente por exemplo:, numa infecção renal aguda, pelas toxinas de medicamentos, ou de alguns tipos de contrastes que o indivíduo toma, e até mesmo numa hipertrofia prostática. Nesse caso não haverá problemas mais sérios para o paciente que volta a ter a funcionalidade renal e a vida normal.
  
Outro problema é o déficit cardíaco, quando o coração não tem força suficiente para bombear o sangue, que não chega com a pressão suficiente por volta de  70 a 80 mmHg necessária para que haja a filtração pelos rins. Problemas também acontecem numa hemólise quando é liberada grande quantidade de hemoglobina na circulação e ocorre danos nos túbulos renais.
Outros problemas que comprometem a função renal são a hipertensão arterial, rim policístico, cálculo renais, o diabetes todos esses podem causar danos aos rins
 
As patologias mais sérias que perduram e podem impedir a filtração do sangue pelos rins são a glomerulonefrite, nefrose ,nefropatias, essas é que levam a insuficiência renal aguda (IRA) ou insuficiência renal crônica, que por sua vez pode ser chamada de oligúria ou anúria irreversível o que caracteriza respectivamente a diminuição ou parada da produção da  urina. Essa perda da função renal, causa o aumento das substâncias tóxicas dissolvidas no plasma sanguíneo.
 
A insuficiência renal com a perda de capacidade entre 50 até 75% são controláveis por dietas, menor ingestão de alimentos de água etc. No entanto quando a perda da capacidade de funcionamento renal atinge 90% por períodos prolongados sendo  irreversível suas condições fisiológicas. Nesse caso se o paciente estiver de certa forma saudável, é aí que se entra com a diálise.
  
Períodos Que o Paciente Passa a frequentar as Seções de Hemodiálise
   
O Sistema renal filtra o nosso sangue continuamente, porem o rim artificial filtrará o sangue apenas por algumas horas por dia; 4 horas diárias, por dias intercalados da semana, segundo especialistas pelo menos 12 horas semanais divididas em sessões devem ser feitas, mas isso já equivale a uma condição de vida praticamente bem aceitável em termos de normalidade.


Sala de hemodiálise com os seus respectivos aparelhos
O Processo da Diálise

Aparelho de uso somente em clínica especializada de hemodiálise.

Contra Indicação Para a Hemodiálise

Pacientes com hipercalemia, ou seja; com o aumento excessivo de potássio (K+) no plasma sanguíneo, ou com hipocalemia que é a baixa desse eletrólito plasmático e também aqueles que apresentam anomalias de coagulação sanguínea incontroláveis, esses não devem realizar a hemodiálise.

Efeitos Indesejáveis

No decorrer do processo da remoção artificial de impurezas do sangue, pode ocorrer em certos pacientes desconfortos como náuseas e hipotensão arterial. 

A Máquina e o Campo Magnético

A máquina funciona com um potencial elétrico consideravelmente forte, o que possibilita a formação de um campo magnético ao seu redor. Por isso objetos receptores de ondas eletromagnéticas, intercomunicadores sonoros, ou aparelhos eletrônicos como o rádio, televisão, celulares são capazes de interferirem ou sofrer interferência.

Hemodiálise – A Química Presente

Antes de se começar uma diálise, é necessário efetuar a lavagem e desinfecção química e térmica do aparelho, usando água aquecida e especialmente tratada para esse fim.

Os Líquidos Utilizados no Dialisador

Existem dois recipientes acoplados á máquina com líquidos concentrados, um com o concentrado de bicarbonato e outro com o concentrado ácido (ou acetato do vinagre). Existe ainda a introdução da água tratada por osmose reversa.

A preparação do Dialisante

Para que haja o ajuste iônico é necessário misturar o concentrado de bicarbonato com o  concentrado ácido (ou acetato) e a água.
O ajuste é feito através de bombeamento (bombas) cada substância está separada uma da outra e seguem cada uma por seu tubo próprio, em proporções certas de bicarbonato, do ácido e da água até se encontrarem e se misturarem e seguirem por um tubo plástico único.
Em seguida a mistura passa por uma outra bomba de desgaseificação para retirar bolhas de ar que porventura são formadas no processo. Daí prosseguem pelo tubo único até o dialisador. Todo esse processo é o da preparação do dialisante que contém: sódio (Na+), potássio (K+), cálcio (Ca++), magnésio (Mg++), cloro (Cl-), e acetato. Em seguida esse líquido dialisante é ajustado ou calibrado por bombas para a pressão compatível com a do sistema vascular humano e com o seu equilíbrio iônico correto.
Estando pronto para iniciar a operação da diálise é necessário uma verificação da pressão das bombas, ou do líquido dialisador e a calibração das pressões do liquido dialisador e do sangue que passa pela máquina.

O Filtro – O Dialisador

Para utilização dos filtros ou dialisadores, as embalagens não devem estar violadas. Existem vários tipos e modelos de dialisadores, alguns deles são descartáveis e outros podem ser reaproveitáveis. Segue-se desse modo as normas de limpeza desses filtros reutilizáveis.
Com tudo pronto para o início, conecta-se um tubo na artéria do paciente com a máquina, que no nosso caso é o modelo 4008H/S.


A figura mostra o dialisador conectado á máquina


 A Dialização

O sangue flui para o tubo do aparelho e segue para o interior da máquina, onde é heparinizado (anticoagulante) por uma bomba de heparina e segue até o dialisador. O sangue chega até o dialisador que está acoplado á máquina, aí também se encontra o dialisante, que passa por tubos porosos paralelos ao do sangue.
O sangue circula pela serpentina na mesma pressão que a do líquido dialisante, entrando em contato com esse líquido por intermédio de poros de membrana que só deixam passar as substâncias tóxicas, os cátions ânions e coloides em excesso. Em alta concentração do lado do sangue, essas substâncias difundem pelos poros de membrana para o líquido de diálise de baixa concentração.

O líquido dialisador carregado com o excesso de ânions, cátions, coloides e outras substâncias tóxicas retirados do sangue, sai do dialisador e vai para o descarte.
O sangue purificado vai para a câmara de gotas venosa.
No final o sangue que saiu do dialisador, chega á câmara de gotas, método com o qual se evita bolhas de ar no sangue que volta para o paciente, reentrando via sistema venoso.
Terminada toda a operação, o sangue restante do aparelho deverá ser reintroduzido no paciente.


                                       Avaliação de Dispersões Coloidais

Questões

 1) Podemos definir a palavra coloide e dispersão coloidal como:
   
a) a partícula dispersa; que significa goma ou cola. Dispersão coloidal não é uma solução verdadeira e também não se qualifica como mistura heterogênea.
b) aglomerados componentes das dispersões coloidais que se juntam em dispersantes de macromoléculas ou macro íons com o diâmetro de dimensões entre 10 a 1000 ângstrons, esses aglomerados não podem ser observados a olho nu.
c) a partícula dispersa; que significa goma ou cola. Dispersão coloidal é uma solução verdadeira e também se qualifica, como mistura heterogênea.
d) a partícula dispersa; que significa goma ou cola. Dispersão coloidal não é uma solução verdadeira, mas se qualifica como mistura homogênea.
e) a partícula dispersante; que significa goma ou cola. Dispersão coloidal é uma solução verdadeira e também se qualifica, como mistura saturada.

2) Em relação aos coloides e suas dimensões podemos dizer que são os componentes

a)   das dispersões coloidais que se aglomeram em dispersões de macromoléculas ou macroíons com o diâmetro de dimensões entre 10 a 1000 cm. Esses dispersantes podem ser observados a olho nu.
b)  das dispersões coloidais que se dispersam em agregados de macromoléculas ou macro íons com o diâmetro de dimensões entre 10 a 1000 mm. Esses aglomerados podem ser observados a olho nu.
c) das dispersões coloidais que se juntam em agregados de macromoléculas ou macro íons com o diâmetro de dimensões entre 0,1 a 0,001 angstron. Esses aglomerados podem ser observados a olho nu.
d) das dispersões coloidais que se juntam em agregados de macromoléculas ou macro íons com o diâmetro de dimensões entre 10 a 1000 angstrons. Esses aglomerados não podem ser observados a olho nu.
e)  dos dispergentes coloidais que se juntam em agregados de micromoléculas ou micro íons com o diâmetro de dimensões entre 1 a 1000 angstrons. Esses aglomerados não podem ser observados a olho nu.

 3) A respeito de dispersante e disperso podemos afirmar que numa dispersão coloidal:
  
a)  deve existir o disperso. Ao misturarmos maisena (amido de milho) com água, teremos uma dispersão coloidal. O dispergente é a maisena e  a água.
b)  deve existir o disperso e o dispersante. Ao misturarmos maisena (amido de milho) com água, teremos uma dispersão coloidal. O dispergente é a maisena e o dispersante a água.
c)  deve existir o disperso e o dispersante. Ao misturarmos maisena (amido de milho) com água, teremos uma solução coloidal. O dispergente e o dispersante é a maisena.
d) os coloides são os componentes das dispersões coloidais que se juntam em agregados de macromoléculas ou macro íons com o diâmetro de dimensões entre 10 a 1000 ângstrons. Esses aglomerados podem ser observados a olho nu.
e) o dispersante e disperso podem ser definidos como materiais particulado naturais ou não suspenso num gás em movimento contínuo.

 4) Com relação a carga elétrica, geralmente as partículas pequenas se juntam para formarem o coloide (macromolécula) por ligações intermoleculares. Por sua vez os coloides formados possuem a sua carga elétrica própria que é:

a)  diferente disperso  para todas as partículas do meio, porque é essa carga elétrica que manterá esses coloides juntos uns dos outros criando a repulsão ou dispersão.
b) nula numa dispersão coloidal, portanto deve existir o disperso e o dispersante. Ao misturarmos maisena (amido de milho) com água, teremos uma dispersão coloidal. O dispergente é a maisena e o dispersante a água.
c) é igual a carga elétrica do disperso  para todas as partículas do meio, porque é essa carga elétrica que manterá esses coloides equidistantes uns dos outros criando a repulsão ou dispersão.
d) é igual a carga elétrica do dispergente  para todas as partículas do meio, porque é essa carga elétrica que manterá esses coloides equidistantes uns dos outros criando a aproximação.
e) é igual a carga elétrica do disperso e dispergente  para todas as partículas do meio, porque é essa carga elétrica que manterá esses coloides emparelhados uns com os outros criando a repulsão ou dispersão.

5) Aerosol pode ser definido como material particulado natural ou não, suspenso num gás em movimento contínuo. Assinale a alternativa correta.

a) No aerosol sólido, nesse tipo de dispersão coloidal  o dispergente está na forma sólida e o disperso está na forma gasosa. Um tipo aerosol sólido são as micropartículas de poeira dispersas no ar.
b) No aerosol sólido, nesse tipo de dispersão coloidal  o dispergente está na forma gasosa e o disperso está na forma líquida. Um tipo aerosol líquido são as micropartículas de poeira dispersas no ar.
c) No aerosol sólido, nesse tipo de dispersão coloidal  o dispergente e o disperso estão na forma gasosa. Um tipo aerosol sólido são as micropartículas de poeira dispersas no ar.
d) É uma dispersão coloidal em que o dispergente está na fase líquida e o disperso está na fase gasosa.
e) No aerosol sólido, nesse tipo de dispersão coloidal  o dispergente está tanto na fase gasosa quanto na forma líquida e o disperso está na forma sólida. Um tipo aerosol sólido são as micropartículas de poeira dispersas no ar.

6) Aerosol líquido pode ser definido como material particulado natural ou não suspenso num gás em movimento contínuo. Assinale a alternativa correta. Nessa dispersão:

a)  coloidal o dispergente e o disperso se encontram na fase líquida, primariamente separados por serem substâncias apolares e imiscíveis entre si, necessitam de uma outra substância para se interagirem.
b) o dispergente está na fase gasosa e o disperso está na fase líquida. Um bom exemplo desse tipo de dispersão é a neblina em que o disperso está na fase líquida e o dispersante na fase gasosa.
c)  o dispergente está na fase sólida e o disperso está na fase líquida. Um bom exemplo desse tipo de dispersão é a neblina em que o disperso está na fase líquida e o dispersante na fase gasosa.
d) o dispergente está na fase gasosa e o disperso está na fase sólida. Um bom exemplo desse tipo de dispersão é a neblina em que o disperso está na fase líquida e o dispersante na fase gasosa.
e) coloidal o dispergente e o disperso se encontram na fase sólida, primariamente, separados por serem substâncias iônicas e miscíveis entre si, necessitam de uma outra substância para se interagirem.

 7) Para retirar o óleo de uma superfície impregnada usamos sabão. A ação do sabão é de “quebrar” as ligações intermoleculares das gotas de óleo e reduzi-las a microgotículas que são depois isoladas pelas mesmas moléculas do sabão e depois retiradas com água no ato de lavagem. Essa dispersão:

a)  coloidal é uma emulsão.
b)  coloidal é um aerosol líquido.
c)  coloidal é um gel.
d)  coloidal é um sol ou hidrossol.
e)  é um sol sólido.

8) Com relação ao estado físico de um gel podemos afirmar que:

a) os géis são as geleias, tipo; geleias de pêssego, geleias de laranja, de amoras. Gel é um tipo de dispersão coloidal em que o dispergente está na fase gasosa.
b) essa dispersão coloidal se comporta como um aerosol líquido.
c) nessa dispersão coloidal tanto o dispergente como o disperso está na fase sólida.
d) essa dispersão coloidal é um sol ou hidrossol.
e) os géis são as geleias, tipo; de pêssego, de laranja, de amoras. Gel é um tipo de dispersão coloidal em que o dispergente está na fase sólida.

9) Com relação ao estado físico de um gel podemos afirmar que:

a) os géis são dispersões em que tanto o dispergente a água como os disperso a proteína pectina se apresentam na fase líquida.
b) os géis são dispersões em que tanto o dispergente a água como o disperso, a proteína pectina se apresentam na fase sólida.
c) o disperso está na fase líquida. Nesse caso a água é o disperso na pectina.
d) essa dispersão coloidal é um sol ou hidrossol, porque a albumina substância albuminoide é a gelatina formadora do gel.
e) a gelatina que nos preparamos em casa como sobremesa nas refeições é uma substância que pertence ao grupo gel, porque o dispergente se encontra na fase líquida e o disperso na fase sólida.

10) Podemos explicar substâncias no estado sol como:

a) os géis, que são dispersões em que tanto o dispergente, a água como os disperso o polissacarídio pectina se apresentam na fase líquida.
b) gelatinas industrializadas, as quais tem capacidade de atrair água e se transformar em pasta. Nesse caso o dispergente é a água que está na fase líquida e o disperso o pó da gelatina na fase sólida.
c) o disperso que está na fase líquida. Nesse caso a água é o disperso na pectina.
d) uma dispersão coloidal sol ou hidrossol, porque o dispergente se encontra na fase líquida e o disperso na fase sólida.
e) uma gelatina que nos preparamos em casa, como sobremesa para as refeições. Ela é  uma substância que pertence ao grupo gel, porque o dispergente se encontra na fase líquida e o disperso na fase sólida.

11) Podemos dizer que entre os componentes do sangue estão os:

a) géis que são as dispersões em que tanto o dispergente o plasma como os dispersos  se apresentam na fase líquida.
b) eletrólitos, as proteínas albuminas, anticorpos globulinas, as hemácias que são os glóbulos vermelhos, os leucócitos, as células brancas de defesa do organismo e as plaquetas que atuam no processo de fechamento de rupturas de vasos sanguíneos.
c) não eletrólitos, que são os compostos inorgânicos os quais são: os ácidos, as bases, os sais e os óxidos. 
d) não eletrólitos: a glicose, os aminoácidos, as proteínas, as enzimas, os hormônios, a  uréia, creatinina, lactato, lipídios, etc.   
e) compostos da albumina que nos preparamos em casa como sobremesa nas refeições é uma substância que pertence ao grupo gel, porque o dispergente se encontra na fase líquida e o disperso na fase sólida.

12) Na dialisação, o sangue flui para o tubo do aparelho dialisador e segue para o interior da máquina, onde é heparinizado com anticoagulante por uma bomba de heparina, daí continua até o dialisador. Ai o sangue circula pela serpentina na mesma pressão que a do líquido dialisante, entrando em contato com esse líquido por intermédio de poros de membrana que só deixam passar as substâncias tóxicas, os

a) cátions, ânions, coloides e outras substâncias nocivas que são retirados do sangue.
b)  hormônios, enzimas, a  ureia, creatinina, lactato, lipídios do sangue.
c)  eletrólitos, as proteínas albuminas, anticorpos globulinas, as hemácias do sangue. 
d)  ácidos, as bases, os sais e os óxidos do sangue. 
e) monômero ácido galacturônico, ramnose, arabinose ou galactose do sangue.

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